Os carros do futuro dependem do humor do nosso vizinho Evo Morales
O lítio encontrado nas jazidas de sal é a matéria-prima de quase todos os aparelhos tecnológicos, desde celulares, mp3 e notebooks. É o lítio que faz com que aparelhos pessoais fiquem cada vez menores. Agora, com o plano da indústria automobilística de expandir os carros movidos à eletricidade, o lítio é a principal chave disso tudo, substituindo as antigas baterias de níquel-cádmio, por essa nova peça da matriz energética. As baterias de lítio oferecem uma maior potência e baixo custo do que as antigas, sendo consideradas a melhor alternativa para os novos carros elétricos.
Com os países detentores da tecnologia de carros elétricos querendo tirar o poderio do petróleo de paises com governos pouco confiáveis, é bastante promissor que essa nova tecnologia de baterias a lítio tenha sucesso. O presidente Barack Obama quer ver 1 milhão de carros elétricos circulando nos Estados Unidos até 2015. O mesmo deve acontecer na Alemanha só que com previsões para 2020.
A consultoria americana Freedonia Group, uma das maiores no setor automotivo, acredita que serão vendidos 4.5 milhões de carros híbridos até 2013. O problema nisso tudo é que as maiores reservas de lítio se encontram no território boliviano de Evo Morales, o qual já nacionalizou o petróleo e o gás natural do país, e já diz que não irá facilitar o acesso do mundo ao lítio de Uyuni.
Várias empresas mineradoras já tentaram explorar os desertos de Uyuni, porém sem sucesso. Evo Morales diz que está aberto a negociações, mas diz que não quer ser apenas o exportador de lítio, mas sim participar do mercado de automóveis fabricados com baterias de lítio. Do mesmo modo que a Arábia Saudita possui suas reservas de petróleo, a Bolívia foi premiada com as reservas de lítio. Há também reservas na Argentina, Chile, Tibete e China, porém se essa popularização de carros elétricos vingar, somente a Bolívia já será capaz de abastecer a frota.
Mesmo as baterias de lítio serem consideradas um avanço tecnológico, elas somente comportam três vezes mais energia que as criadas a 150 anos atrás. E os cientistas dizem que já foram feitos testes com quase todos os elementos da tabela periódica, sendo o lítio o limite das baterias eletroquímicas. Outra opção de energia seria as células de hidrogênio, só que são de extremo custo e com uma tecnologia muito cara para serem desenvolvidas.
Mas de qualquer forma, o que nos resta para fabricar as baterias mais eficientes do momento é lidar com os humores de Evo Morales.
Fonte: Revista Veja Edição 2103
problema para ti, para nós os Bolivianos, é ótimo!
ResponderExcluirabraços fraternos
Ramiro